sábado, 7 de maio de 2011

Encontro do Movimento das Mães da Praça Piedade!

Foi realizado ontem o 6º Encontro MMPP, na cidade de SSA/BA, onde estiveram presentes um grande número de mães vítimas de violência, familiares, amigos, representantes de orgãos de Direitos Humanos e da população em geral, pessoas que lutam contra a impunidade em nosso país.

O Movimento das Mães da Praça Piedade – MMPP, idealizado por Marion Terra, mãe de Lucas Terra, adolescente assassinado em março de 2001, e apoiado por, Míriam, mãe de Joel Castro (capoeirista mirim) assassinado em 2010, Gal, mãe de Milena Bitencourt assassinada em 2007, Célia, mãe de Marcelo Lima assassinado em outubro de 2006 em Feira de Santana, Bahia, entre tantas outras mães vítimas de violência, tem por objetivo, denunciar crimes, combater a impunidade, exigir leis mais rígidas na punição de bandidos e assassinos, apoiar mães e familiares vítimas da impunidade neste país.
Em nosso país, criminosos tem muitos direitos, direito a responder crimes em liberdade, direito a relaxamento de prisão, direito a regime semi-aberto, direito a visita íntima (sexo na prisão), direito a sair da prisão no natal, semana santa, dia dos pais e outros direitos que a lei concede!
Toda primeira sexta-feira de cada mês, mães, familiares, amigos, representantes de ONGs e orgãos de Direitos Humanos, se reunem na Praça Piedade, para lutar contra a impunidade e a injustiça.
DIREITOS HUMANOS  ÀS VÍTIMAS!
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Leidiana Brandão/Tribuna da Bahia
Uma dor que nem mesmo o tempo pode curar. A luta por justiça e por punição para os assassinos de seus filhos levou um grupo de mães a se reunir na manhã de ontem, na Praça da Piedade. Com faixas e cartazes, elas lutam para que o Código Penal tenha mudanças. 

Após dez anos da morte de seu filho, Lucas Terra, assassinado aos 14 anos de idade, Marion Terra disse que não vai desistir enquanto os culpados pela morte de seu filho não paguem pelo crime. “Mais um Dia das Mães que passo sem ele.

A justiça tem que ser feita. Quem tira a vida de uma pessoa inocente não pode conviver em sociedade. Já são dez anos sem meu filho. Tenho esperança que um dia vou encontrá-lo”, desabafou.
Com lágrimas nos olhos, Maria das Graças Oliveira, 47 anos, disse não mais suportar a ausência de seu filho, David Santos da Conceição, 14 anos, assassinado a pedradas e pauladas no dia 8 de outubro do ano passado, no bairro de San Martin. Os acusados são dois adolescentes e um homem, que o mataram para roubar suas roupas e sapato.

Segundo ela, apenas um dos suspeitos está peso “Não tenho mais vontade de viver após a morte do meu filho. A polícia alega que os adolescentes não estão presos por serem menores de idade. Meu filho perdeu a vida tão jovem. Eles têm que pagar pelo crime. Como pode a Justiça ser tão falha no Brasil”, ressaltou.

Muito abalada, Maria das Graças Ribeiro Bittencourt, mãe de Milena Bittencourt Pontes, brutalmente esfaqueada em 15 de setembro de 2007, pelo ex-namorado Jardel da Pureza Souza, que está em liberdade por determinação do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, disse que não vai desistir enquanto o assassino de sua filha estiver em liberdade.

“Vou lutar até o fim. Minha vida não é mais a mesma desde a morte da minha filha. Que Justiça é essa que dá liberdade a um assassino. Ele tem que pagar pelo crime que cometeu. Mais um ano de sofrimento e sem minha menina”, desabafou.

Elas disseram que pretendem se reunir durante todo o ano, na primeira sexta-feira do mês, no mesmo local, em busca de assinaturas, quando pretendem enviar para o Congresso uma carta. “Nosso desejo é que haja algumas mudanças no Código Penal em relação a pessoas que praticaram crimes relevantes. As autoridades precisam dar mais atenção a isso. Não vamos descansar enquanto não conseguirmos alcançar nosso objetivo”, disse Marion Terra.
 
Fonte: Tribuna da Bahia




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